Se da fera não queres ser o mérito,
Seja tu a fera no picadeiro!
Se estalar o chicote hesitas,
Te esperará destino derradeiro.
Vejas, perto e tanto, Morfeu e Tânatos,
Fazendo da luz uma ausência gélida;
Envolvendo-te em abraço e nu pranto,
Onírica, a fera que deixa a vida.
Antes a morte que viver à sorte
Da lança errante de Belerofonte,
Que da sorte da quimera - fez morte.
Quimeras desgarrado de morfeu;
Tu - poeta, domador de quimeras:
- O fardo do chicote faço teu.
quarta-feira, 31 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
Soneto Decalúrico
Entre o imenso mar e o gadanho
Prefiro que uma águia leve meu peito;
Pois bêbado navego em mar estranho,
À deriva na'gua que faço leito.
De silêncio afunda o calado corpo.
Rejeitado o peito do alto cai;
Vês? É tua quimera que se esvai!
Bailando ébria como anjo torto.
Só, fracamente uma luz bruxuleia;
E, gélida, uma voz balbucia:
Volta - poeta - este é teu destino.
Não me ofereça quimera alheia,
Já afogo na minha de distância:
Em breve momento de desatino.
Vocabulário:
Gadanho = garra da águia.
Calado = Navio posto em mar.
Bruxuleia = brilhar fracamente
Quimera = Sonho
Prefiro que uma águia leve meu peito;
Pois bêbado navego em mar estranho,
À deriva na'gua que faço leito.
De silêncio afunda o calado corpo.
Rejeitado o peito do alto cai;
Vês? É tua quimera que se esvai!
Bailando ébria como anjo torto.
Só, fracamente uma luz bruxuleia;
E, gélida, uma voz balbucia:
Volta - poeta - este é teu destino.
Não me ofereça quimera alheia,
Já afogo na minha de distância:
Em breve momento de desatino.
Vocabulário:
Gadanho = garra da águia.
Calado = Navio posto em mar.
Bruxuleia = brilhar fracamente
Quimera = Sonho
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