Em pestilenta centelha padece
A prudência deste espírito - a guerra;
Os feitos heroicos deste que fere-se
E ferido segue em trilha de fera.
Procura em guerra alheia própria glória
E a si mesmo na lança do inimigo;
Na lancinante dor do golpe amigo,
Encontra teu conforto da amemória.
A guerra faz a paz de teu espírito,
Faça pois da luta teu canto-mérito
E da vitória desleal algoz.
Alcança-a - e teu destino jaz findo!
Na ínfima sinapse a vil batalha
De um guerreiro-poeta do infinito.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Versos distraídos
Amordaçar-me tenta inda
E por certo a boca cala,
Mas a voz nunca é finda,
Pois a minha vem da alma.
Arranca-me o papel - vil;
Leva-me as mãos embora!
Eis o que tem de mim,
Minhas quimeras somente
-tiram as horas.
E se por contente não te tomas,
Toma! Leva-me a vida!
Pois qual balaço já em curso,
Minha palavra já está dita...
E por certo a boca cala,
Mas a voz nunca é finda,
Pois a minha vem da alma.
Arranca-me o papel - vil;
Leva-me as mãos embora!
Eis o que tem de mim,
Minhas quimeras somente
-tiram as horas.
E se por contente não te tomas,
Toma! Leva-me a vida!
Pois qual balaço já em curso,
Minha palavra já está dita...
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Fumo ll
E que é viver - se não um tragar.
Consumir-se em centelha inexorável,
Iludindo-nos da (des)importância
Da fumaça - Detestável.
Rabisca vil no ar lembranças,
Uma quimera, cigarros...
Roça teu palato.
Sente em teu escarro
Um final amargo.
Fascina a dança
Do fumo no ar
E em teu olhar,
Bruxuleios
Esvaíndo-se;
Silencia-se...
Apaga,
Centelha.
Acabas:
Gélida
Pérfida,
Só.
Consumir-se em centelha inexorável,
Iludindo-nos da (des)importância
Da fumaça - Detestável.
Rabisca vil no ar lembranças,
Uma quimera, cigarros...
Roça teu palato.
Sente em teu escarro
Um final amargo.
Fascina a dança
Do fumo no ar
E em teu olhar,
Bruxuleios
Esvaíndo-se;
Silencia-se...
Apaga,
Centelha.
Acabas:
Gélida
Pérfida,
Só.
sábado, 8 de maio de 2010
Desabafo
Inglória batalha que trava a alma
Consigo mesma - calada suicida-se.
Caminha, fadada ao perpétuo das
Quimeras que cativa - em vil navalha.
Dissolve-se em certos pérfidos golpes,
A dureza do homem que vos fala;
Traem-lhe as químicas dialéticas
Das sinapses que o define: insano.
Teu encantamento é tua culatra
E por ela o tiro que vos mata!
Um olhar faiscante de serpente:
Esta é tua sorte! Envenenar-se
Da vicissitude que misterias.
Quanto deste mor veneno tu ousas?
Quantas são as quimeras que tu domas?
Tua beligerante desventura
Embriaga-se de breve ternura
Entrega-te aos bruxuleios da vida.
Consigo mesma - calada suicida-se.
Caminha, fadada ao perpétuo das
Quimeras que cativa - em vil navalha.
Dissolve-se em certos pérfidos golpes,
A dureza do homem que vos fala;
Traem-lhe as químicas dialéticas
Das sinapses que o define: insano.
Teu encantamento é tua culatra
E por ela o tiro que vos mata!
Um olhar faiscante de serpente:
Esta é tua sorte! Envenenar-se
Da vicissitude que misterias.
Quanto deste mor veneno tu ousas?
Quantas são as quimeras que tu domas?
Tua beligerante desventura
Embriaga-se de breve ternura
Entrega-te aos bruxuleios da vida.
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