,mas eu sou esta ilha
de mata densa, sem trilha,
de praia clara, areia fina,
que quase beija a areia
de outra ilha a mim alheia.
Repousa ali tranquila
a uns dois remos desta ilha,
mas nenhum verso bárbaro de sílabas infinitas alcançará sequer uma terrilha.
Um minúsculo grão de areia meu,
beijará jamais aquela ilha.
Perto tanto quanto está,
estará sempre além, num infinito depois do mar.
Mas a mesma areia, quanto mais fina,
mais rápido cumpre sua sina,
de escorrer pelas ampulhetas das vidas.
E a maré de infindas vindas e idas,
num ocaso d'aurora foi só ida.
E num parvo espanto,
limpando ainda a água e o sal do pranto,
pude ver o improvável fazer sua trilha:
Sempre fui, afinal, aquela ilha.
2 comentários:
Sim a sua poesia me intriga, confesso que me perco nas entrelhinhas, e confesso segunda vez, tenho uma curiosidade imensa de ver as suas deixas nas entrelinhas de uma prosa.Seria possível? abraços fraternos
Foi pra mim? kkk
adoro o que você escreve..
diz muito mais do que você imagina,
vai além da mera banalidade.
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