Quem são estes que me habitam
estes que me esgotam,
estes que explico,
que me explicam,
que visito?
Grande hotel que sou,
de hóspedes infinitos
passageiros,
eternos,
transeuntes insones
do meu íntimo.
Quem são estes
que me caçam,
me ferem de vida,
me sangram
numa sangria atada?
Quem são estes
que os abutres devoram
eas cegonhas trazem
em uma multiplicação caótica?
Quem são estes,
que me cumprimentam no elevador,
que reclamam do meu barulho,
que se preocupam com meu silêncio?
Quem são estes que sou?
Não, contenha-se,
não me responda, por favor.
Um comentário:
Pedrinho ^^
Bom ver esse novo texto.
Como poeta você continua fantástico. Parabéns.
Espero que a inspiração te acompanhe mais vezes. Porque o talento lhe é nato.
Abraço!
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