Ah! Solidão, dá-me pouco de tua
Companhia! E que outra tem o peito,
Além de horas cruas, que ásperas
Caminham para o mesmo leito?
Relego-me à mesma ordem das flores.
Somente belas às vistas de ramas
Virgens de colheita e amores
E cuja essência se esvai em gotas.
Conservo na batida dos ponteiros
E no badalar do errante peito,
O perfume das rosas que - covarde,
Outrora não me atrevi cheirar.
Espantalho os passarorrisos,
Que de meu perfume ousam provar:
Bem-me-querem, mal-me-quero;
Lírio - não ignoto de meus espinhos.
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