Fantasmas da honra me assombram.
Caminham deslizantes por minhas palavras,
percorrem vísceras - a veia cava.
Teus urros de moral, em tom funesto, cantam.
Em singulares retratos amarelados,
nos papeis de poesia amassados,
se deitam esses fantasmas velhacos,
em meter castidade neste macaco.
Da ínfima parte não sabem a metade,
e reduzem o infinito a tal parte
do ser - prestes a ser decepado.
De tudo conhecido, sou a outra metade.
Meu grito calou, mas o eco nunca parte.
Fantasma da honra - foste tu o decepado.
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