Riacho morno de sandice,
corre calmo e pouco caldaloso,
qual rio de planície,
quase a andar cauteloso.
Perpassa as vilosidades da mente,
contorna a frivolidade da ciência,
molhando os pés cascudos de toda gente
dasagrilhoada da débil sapiência.
Arrolam nessas águas as máculas,
vão se as lágrimas fintandos os meandros do riacho.
Ao mar impessoal vão as mágoas
do matuto que louvando a sandice diz - Diacho!
Por que - Meu Deus - foste fazer irrefreável
o rio que me retorna a razão
E lento e mirrado e findável
são essas águas que me banham o coração?
2 comentários:
Que maravilhas! Tens o prazer de compartilhar do rio irrefreável da razão e ainda clamas a Deus? Soubestes tu o qão ruim é ser domado irrefreavelmente pelo coração!
Quiçá fosse irrefreável o rio que me traz a sandice! kkk obrigado gusta!/ pedrinho
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