segunda-feira, 19 de julho de 2010

De (novo) amar

O tempo passou
qual brisa.
Despercebido
Se fez longe
quanto que olhamos
e não vemos mais
o que há tanto
ficou pra trás.
Restou-nos
abstratos
que vamos
juntando,
mais sentindo
do que vendo.
Nada mais somos
que lacunas,
uma memória
que presa ficou
aos ponteiros
que passaram
indiferentes à
nossa vontade.
Será que já
é tarde?
Ou tarde é
só o que
deixamos
de forma
definitiva para
trás?
Não me faça
assim tão
tarde.
Quiçá me
faça noite
que precede
de novo aurora,
no peito
de quem nunca
se deixou de
amar.

P. Augusto Ramos

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