Adormece a casa
fechando-se em janelas.
eu em-mim-mesmado,
aguardo a visita
tardia de uma palavra.
ébrio da fonte
de morfeu,
ainda habito
essas paredes
e elas me habitam.
Em navalha
entre a víscera
e a alma...
Agora,
somente agora
sou poeta.
Visita-me
insana a palavra
implora-me que
seja escrita.
É tarde...
nunca saberás
dessa poesia.
Flagro-me
fechando a última
janela.
Um comentário:
muito, muito bom!
Postar um comentário