Amo,
confesso.
Mas este sentimento
não é meu.
Habita
sorrateiro
os dicionários
de outrem.
As línguas
bailantes
de alguem.
Mas amo,
confesso.
Só não sei
se posso
assim chamar.
Amor, como foi
primeiro amado.
Amor, como foi
primeiro pecado.
Amo, confesso.
Mas não dou-me
o pretencioso
direito
de dizer que amo.
Talvez eu Isse.
Talvez eu Aquile.
Só não posso-
me perdoem
os amantes-
chamar meu
Chamar essa
bela
coisa
de amor.
P. Augusto Ramos
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