De um acaso encontro amante,
Fez planger berro calante,
De fome e vida, pedante,
O quinto rebento errante.
Berrou sem euforia
De frio e apostasia
Ao relento, a revelia.
E tu? Não o via.
Era infértil, mas crescente
Do destino, paciente;
Garoto de infância, ausente.
Do por vir inconsciente.
O rebento que outrora plangia
Dos iguais se escondia;
Do cotidiano, era folia.
E tu? Tu não vias.
Do senso era esquecido;
Por consenso: foragido.
O pensamento mais perdido,
Assim sem rima, sem poesia.
De vingança se enchia;
Dos iguais, raiva sentia,
Mas sabia, não devia.
E tu? Ainda não vias.
De sonhos, privado;
Da voz, fez-se calado.
Pelos iguais acusados,
Sem julgamento: culpado.
Latente fome sentia,
De comida, eresia;
E a noite caindo ia...
E tu? Não, não vias.
Do calibre fez amante;
De tantas vidas, calante;
De justiça e alma, pedante:
O balaço, certeiro, errante.
Calou em euforia.
Partia a alma em apostasia;
Lá caído à revelia,
O teu corpo - este tu vias...
E teu medo era crescente,
Por ajuda impaciente;
Pérfido brilho ficava ausente;
Foi-se tu, inconsciente...
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