à uma menina cujos lábios quero beijo
Sofre poeta, a procurar na lira de mil outros
Uma palavra ou um verso, não qualquer
Que iguale em sutileza e beleza
O riso, os olhos e a alma daquela mulher.
Procura a esmo, poeta;
Sabes que não vais encontrar
Na lira de nenhum outro
O que só seus olhos vivem a procurar.
E mesmo que ache bela lira
E que tente fazer a rima
Ou que ache o prazer da vida;
Ah! A beleza daquele sorriso é infinda.
Contente-se, poeta!
Em cousa que pode lhes parecer banal.
Alegre-se em fazê-la sorrir...
E de sua alegria ermosa
Bela lira pode surgir.
E do belo sorriso,
mesmo que fabricado de tão pobre rima,
Faça belo o mundo,
Quiçá minha lira...
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