domingo, 11 de julho de 2010

Aos loucos

Quiçá fosse eu
desprovido
deste insano
juízo dos homens.
É que sábios
são em viver
esses malogrados,
Esses felizes
desvairados.
Que olhar lançam
ao mundo? -
me pegunto.
-sois todos loucos,
de certo - diriam.
Vá ver que
somos mesmo,
de perto.
Ah! Quiçá
fosse eu
um louco
e visse
tanta mágica
no que me é
banal.
Dá-me, Deus,
a sorte de
um malogrado
da arte
de viver são.
Dá-me, Deus,
A coragem dos loucos,
Pois são sofro,
em ter de mostrar
a tantos doidos,
que pareço
normal.

2 comentários:

Ricardo Sena disse...

Do clássico ao moderno... vc faz bons passeios pelos modelos poéticos... Montanha russa é uma delícia de ler. Jan (elas) idem. Seus textos têm fôlego. Já pensaram em habitar um livro?

Thiago disse...

Pedrinho, a cada dia se torna mais difícil comentar seus textos. Eles estão cada vez melhores e mais profundos. O que não nos deixa dizer que eles são perfeitos ou ótimos. Você passa indagações, duvidas, nos revolta e faz pensar (muito).
Mais do que poesia, você faz reflexões. Une a beleza das palavras com a sua sabedoria e nos presenteia cada vez mais com suas quimeras.

Parabéns, poeta.