A vida é guerra, eu repito.
Soldados rasos já vencidos
que marcham ao abismo.
O mais condecorado,
de fuzil em punho;
o pequenino,
que somente tem consigo
uma canção,
todos, sem excessão,
escutam o zunir do tempo-balaço
certeiro no coração.
A cavalaria dos deuses,
à galope apontando
no horizonte tardio -
inevitavelmente também encontrará
o abismo,
indiferente à vontade da fé.
Senta-te - toma um café;
Amanhã a batalha pode ser única,
mas senta-te aqui, agora.
O soldado pequenino murmura
uma canção última.
A morte é o fim derradeiro,
mas que não seja, pois,
o fim primeiro.
Luta soldado vencido,
este é o fim do
Guerreiro.
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