quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Minha alma

Minha alma é pobre
e sangue azul nela corre;
azul, verde, preto e branco.

Minha alma é um livro velho,
que o vento desabrocha as folhas
levando consigo a rima.

Minha alma é um filme francês
num cinema de Bankok,
Brunei, Butão, um bairro chinês.

Minha alma é flor que se cheire;
É abismo que se beire.
Flerte que não se resiste.

Minha alma é sozinha
de um poema - companhia,
metade literal, metade pó e minha.

Minha alma é isso pouco
e tudo aquilo outro,
metade em mim, metade noutra.

Minha alma tem gosto de framboesa,
tristeza, folia e pequi.
É daqui e(´) Salvador Dali.

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