sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sem ti pouca dor

Jurei então te deixar,
arrumei minhas coisas
ameacei partir.
Deixei-te a casa,
levei meus versos.
Meu eu incerto
não poderia se despedir.

Me peça então
e eu fico um pouco mais,
a te escrever um pouco -
nada demais.

Se quiser que eu vá,
olha lá, eu vou.
Mas saiba que mesmo
sem te poetar,
irei me recompor,
encontrarei amor,
sem()ti - pouca dor.

Não cometa, íntima,
tal desvario.
Olha, é a ti que poesio
uma vez mais.

Deita aqui, então.
Não carece falar nada.
Deixa que eu te escute ofegar,
suja, então, meu pito de batom,
abaixa teu gemido um tom

E me peça para ficar.

Nenhum comentário: