Arrumei as malas.
Vou-me embora,
em boa hora,
é bom que diga-se
de passagem.
Há de ser boa
a viagem.
Cavalo(s) de aço,
fina carroagem,
barco batizado
de Caron(a)te.
Vou com aDeus,
mas aquela sensação,
de faltar alguma coisa
na mala, ainda me aborrece.
Eia inquietude.
Vai comigo uma foto,
que há de ficar amarela
e ser só lembrança.
Vai comigo uma caneta,
que há de gastar
e ser canção.
Ah, mas ainda me falta
o que não cabe na mala.
Ainda me falta um coração.
E não me venha com esse
de lata, inventado no japão!
Falta o meu,
o meu coração.
Alma minha, que eu possa
gozar.
Vou me embora
de viagem.
Há coisas que não
se manda buscar.
Um comentário:
Gostei muito
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